segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Pequenas Grandes Mentiras, Liane Moriarty


Título: Pequenas Grandes Mentiras
Título Original: Big Little Lies
Escritora: Liane Moriarty (Estados Unidos)
Ano de Publicação: 2013
Editora: Intrínseca
Páginas: 400
Gênero: Drama
Nota: ♥ ♥

No primeiro capítulo de Pequenas Grandes Mentiras ocorre um misterioso crime. A história volta então no tempo e passamos a acompanhar a vida de três mulheres de classe média cujos filhos estão no jardim de infância: Celeste, Madeline e Jane. Uma amizade rapidamente forma-se entre elas e vamos aos poucos descobrindo seus segredos, que culminarão na morte de um dos pais da escola.

Pequenas Grandes Mentiras é um livro que possui temas extremamente atuais: violência doméstica e familiar contra a mulher, os novos arranjos familiares que se formam após os divórcios, violência sexual e bullying. É um livro que parece querer falar de tudo que é polêmico. As tais pequenas grandes mentiras do título são justamente as tentativas das protagonistas de esconder seus problemas, levando o que, ao menos na aparência, são vidas perfeitas.

Em muitos aspectos, essa obra da Liane Moriarty lembra as séries de televisão americanas ou as novelas. Duas logo me vem à cabeça: Pretty Little Liars e Desperate Housewifes. A forma como a história é contada remete mais um roteiro do que a um livro. É possível até mesmo imaginar os cenários, as locações, os figurinos, as atrizes que farão os papeis principais e em que momento cada episódio acabará. Aqui não faltam revelações, ganchos dramáticos ou momentos de clímax.

Pequenas Grandes Mentiras funciona, portanto, muito bem como entretenimento. A leitura é rápida e bastante visual. A linguagem é extremamente simples. Os temas, apesar de controversos, não chegam a ser aprofundados, funcionando mais para caracterizar os personagens. Assim, Celeste é a mãe belíssima e rica que esconde um grande segredo, Jane é a mãe jovem com um passado misterioso e Madeline é a mãe perua e divertida que está enfrentando problemas familiares. 

Há alguns momentos verdadeiramente inspirados no livro, a exemplo das cenas no café Blue Blues e as conversas trocadas entre Celeste e a psicóloga. mas a verdade é que dificilmente alguém que sofra bullying ou violência física ou sexual encontrará aqui algum consolo ou ajuda. O que certamente não faltará, contudo, é uma boa dose de drama para os leitores que o apreciam. São especificamente 400 páginas de conflitos e crises. 

Infelizmente, Pequenas Grandes Mentiras não entrou para os meus gêneros literários favoritos. Quando quero ler algo leve e despretensioso, prefiro um romance que me faça suspirar. Só acompanho histórias superficialmente dramáticas nas séries, nas novelas e nos filmes. Minha favorita atualmente é uma série americana chamada Mistresses. Mas se esse é seu tipo de livro, então fica a dica ; )

1 comentários:

  1. Eu li o livro porque eu vi a série e adorei! Eu acho que o Pequenas Grandes Mentiras tem um grande elenco. Pessoalmente acho que Laura Dern fez um bom trabalho no seu papel. Falar da atriz significa falar de uma grande atuação garantida, ela se compromete com os seus personagens e sempre deixa uma grande sensação ao espectador. O mesmo aconteceu com a produção, O Conto que para mim é um dos grandes filmes de Hollywood. Se ainda não tiveram a oportunidade de vê-lo, eu recomendo. É um dos melhores filmes de drama, tem uma boa história, atuações maravilhosas e um bom roteiro. Vale a pena.

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